Prevenção de perdas em obras

Como prevenir perdas e garantir a Segurança no canteiro de obras

 

Você já ouviu falar de algum dos documentos abaixo?

  • MPCO (Manual de Proteção de Canteiro de Obra);
  • POPs (Procedimentos Operacionais Padrão);
  • ASP (Análise da Segurança Patrimonial).

Se você preza pela prevenção de perdas em suas obras, com certeza terá que contar com esses documentos para obter resultados mais efetivos. Juntos eles devem integrar o Plano de Segurança Patrimonial que, somado as medidas de integração entre recursos e procedimentos irão possibilitar maior eficácia no trabalho e redução de custos.

Mas não estamos falando da eficiência e controle do uso de materiais na construção civil, e sim sobre prevenir perdas de equipamentos, de materiais e as preciosas horas de trabalho, já que em um canteiro de obras diariamente são enfrentados inúmeros riscos e vulnerabilidades de origem externa, como assaltos e furtos, por exemplo. É sabido que internamente também se enfrentam problemas gravíssimos como perdas e desvios de materiais, absenteísmo e ociosidade da mão de obra, fraudes, violência e hostilidade no local de trabalho, além de passivo trabalhista.

Por isso o Plano de Segurança Patrimonial é tão importante. O retorno que se espera envolve desde a economia do que foi investido no empreendimento, passando pela redução efetiva das despesas e perdas, controle dos materiais e equipamentos, mais efetividade no controle de acesso até um considerável aumento da confiabilidade das informações.

É como um sistema de produção, pois com essa metodologia implantada o ambiente se torna seguro e protegido, auxiliando na prevenção de acidentes do trabalho, e automaticamente contribuindo para a redução de despesas e do custo das apólices de seguro.

 

Mas como deve ser implantada essa metodologia?

Definido o Plano, os engenheiros devem ser orientados. A implantação deve acontecer por meio de auditorias periódicas no canteiro de obras, seguindo o ASP (checklist de análise dos recursos humanos, técnicos e organizacionais) com resultado de Security Score (nota de evolução dos recursos de segurança e otimização dos recursos organizacionais). Ao atingir uma nota acima de 85 pontos, por exemplo, o engenheiro responsável pode considerar retirar o posto de porteiro noturno e implantar o monitoramento a distância por meio de uma empresa especializada, com pronta resposta.

É aí que entra o papel do MPCO. O Manual prevê todos os recursos físicos, eletrônicos e os procedimentos nos ambientes do canteiro de obra: perímetros, portaria, almoxarifados fechados e abertos, escritório administrativo, entre outros. Mas vamos entender melhor cada etapa:

  • Recursos Físicos

Devem incluir barreiras perimetrais (tapumes), concertina (arame cortante), portões de pedestres e caminhões, alvenaria nos almoxarifados de produtos de alto valor, box de ferro para guarda de equipamentos etc.

  • Recursos Eletrônicos

São os subsistemas de CFTV, Alarme e Iluminação. Também devem considerar a conectividade por meio da Internet (com backup) necessária para o monitoramento dos alarmes à distância.

Os colaboradores da área elétrica são fundamentais na implantação dos recursos de segurança eletrônica, se capacitados para esta função. As vantagens abrangem a redução de custos, flexibilidade da operação e otimização do tempo, devido a necessidade de mudanças constantes de local conforme a hostilidade dos ambientes.

Mas a rotina preventiva e reativa para a verificação dos ambientes só terá início se todos os subsistemas estiverem instalados e uma empresa de monitoramento de alarmes estiver contratada.

Aqui apontamos a relevância dos POPs em todo o processo. Os procedimentos devem ser de conhecimento de todos, por meio da integração dos colaboradores ou prestadores novos e nos DDS (Diálogos Diários de Segurança). Eles devem considerar as situações previstas na operação e o papel de cada stakeholder no canteiro e funcionários externos.

Algumas funções a considerar: controle de acesso de pedestres e caminhões, revista em pertences, fechamento e abertura do canteiro, ronda de verificações física e virtual e mais. Se um alarme disparar e uma ocorrência for confirmada – seja pelas câmeras ou não, a Polícia Militar deve ser acionada e o Inspetor de Pronta Resposta da empresa deve se dirigir ao local.

 

Pontos Críticos a considerar

Um dos processos críticos no canteiro de obras está no controle de acesso. A gestão do acesso é obrigatória e necessária devido ao risco de ingresso de colaborador ou prestador sem as devidas autorizações, que entre outras necessidades incluem: exame médico periódico, treinamentos específicos como o de trabalho em alturas por exemplo, e entrada de produtos ilícitos como bebidas e entorpecentes. Essas situações podem resultar em complicações como um processo civil ou criminal contra os acionistas, passivo trabalhista e danos morais.

Outra ameaça é fraude de identidade. O acesso de uma pessoa permitido por outra “emprestando” o documento, cartão de acesso ou crachá. Se o controle de acesso é feito com dispositivo de identificação biométrico, esse tipo de situação não poderá acontecer.

Mas você deve estar pensando: como fazer se frequentemente trabalhadores da construção civil acabam tendo problemas com leitura da biometria digital devido ao desgaste das impressões digitais? Além disso, os bloqueios físicos normalmente são instalados em portarias improvisadas e tecnicamente sem condições de ter uma instalação física adequada.

É justamente visando atender essa necessidade que nossa gestão propõe uma solução assertiva de uma nova tecnologia. O objetivo é mitigar o risco de acesso indevido criando um ambiente de portaria adequado fisicamente, implantando o recurso de reconhecimento facial.

O que devemos sempre nos lembrar de ter em mente é que a Prevenção de Perdas em Obras traz benefícios indispensáveis ao longo da construção de empreendimentos. Conquistando todos os benefícios que listamos ao longo desse artigo, a finalização da obra será, com certeza, muito mais tranquila, segura e econômica.

Para conhecer melhor esta tecnologia, entre em contato com a nossa equipe de consultores.

 

Matéria publicada no blog Construliga em 19/06/2019

 

Kellen Reis – Jornalista MTB/SP 5758

 

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