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7 Ações para enfrentar o uso de drogas no Condomínio
Essa é uma questão complexa e sensível, mas fundamental para a boa gestão de grandes condomínios, especialmente os que contam com áreas comuns extensas, fluxo elevado de pessoas e público diversificado.
A seguir, apresento um roteiro prático e estratégico de como um gestor condominial pode enfrentar o trânsito e o consumo de entorpecentes em grandes empreendimentos:
1. Diagnóstico da Realidade
Antes de agir, o gestor precisa conhecer bem o problema:
- Onde ocorrem os focos de uso ou trânsito de drogas?
- São moradores, visitantes ou invasores?
- Os horários são recorrentes? Há padrão de comportamento?
Dica: Conversas com vigilantes, zeladores e moradores de confiança ajudam a identificar as áreas críticas.
2. Integração com a Segurança Privada
O gestor deve trabalhar em sintonia com a equipe de segurança:
- Reforce rondas em horários e locais sensíveis.
- Oriente sobre abordagem preventiva (nunca violenta).
- Adote um protocolo claro de registro de ocorrências.
- Instale monitoramento por câmeras nas áreas vulneráveis (respeitando a privacidade dos moradores).
3. Implementação de Regras Internas
A convenção e o regimento interno do condomínio devem:
- Proibir claramente o uso de entorpecentes nas áreas comuns.
- Prever sanções administrativas para moradores infratores (advertências, multas).
- Permitir restrição de acesso a visitantes reincidentes.
Obs: O condomínio não pode atuar como polícia, mas pode regular condutas que afetem a coletividade.
4. Apoio à Prevenção e Conscientização
Invista em ações educativas, como:
- Avisos nos murais e elevadores reforçando as regras.
- Campanhas pontuais de conscientização sobre drogas.
- Diálogos com os moradores sobre convivência e segurança.
5. Parceria com a Polícia Militar ou GCM
O gestor deve ter canal direto com autoridades locais, como:
- Base comunitária da PM
- GCM (Guarda Civil Municipal)
- Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG)
Solicite patrulhamento de rotina, oriente-se sobre como proceder em casos de flagrante ou tráfico.
6. Atuação com Responsabilidade Social
Nos casos em que se percebe que moradores ou jovens estão em situação de vulnerabilidade, o gestor pode:
- Sugerir apoio psicológico via assistência social do município.
- Acionar o Conselho Tutelar (em casos envolvendo menores).
- Dialogar com familiares, quando possível.
7. Registrar e Documentar Sempre
Todo o processo precisa ser documentado com:
- Livro de ocorrências
- Relatórios da segurança
- Imagens de câmeras (com respaldo jurídico)
- Comunicação com autoridades e moradores
Conclusão
O gestor condominial não é policial, mas é o líder administrativo da coletividade.
Sua função é garantir um ambiente seguro e saudável para todos, atuando com firmeza, bom senso e legalidade.
A combinação entre prevenção, regras claras, segurança capacitada e parcerias com o poder público é a melhor forma de enfrentar o problema do trânsito e consumo de entorpecentes sem comprometer o equilíbrio da comunidade.
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